ATA DA SEXAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 10.11.1988.
Aos dez dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e oitenta e oito
reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre, em sua Sexagésima Sétima Sessão Solene da Sexta Sessão
Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada a proceder à entrega do
Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Coronel Cláudio Netto Di Primio,
concedido através do Projeto de Resolução n° 42/88 (proc. n° 1771/88). Às
dezenove horas e vinte e quatro minutos, constatada a existência de “quorum”, o
Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a
conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a
Mesa: Ver. Artur Zanella, 1° Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre, no exercício da Presidência, neste ato; Coronel Cláudio Netto Di
Primio, Homenageado; Sr.ª Vera Maria Belloc Di Primio, esposa do Homenageado; Sr.ª
Woglinde Netto Di Primio, Mãe do Homenageado, General de Divisão Luiz Guilherme
de Freitas Coutinho, Comandante da 3ª Região Militar e representante do
Comandante Militar do Sul; General do Exército Henrique Beckmann Filho,
Comandante do III Exército; General de Brigada Curt Ernesto Dietzold,
Comandante da Artilharia Divisionária da 6ª Divisão de Exército; General d
Brigada Cândido Vargas de Freire, Chefe do Estado Maior do Comando Militar do
Sul; Major Nilsen Ortiz Padilha, Representante do Comandante da Brigada Militar
do Rio Grande do Sul, Coronel PM Jerônimo Braga; Ver. Jorge Goulart, na
qualidade de Secretário “ad hoc”. A
seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome
da Casa. O Ver. Jorge Goulart, em nome do PL, falou de sua satisfação por
participar da presente Sessão, dizendo que esta Homenagem estende-se, através
do Coronel Cláudio Netto Di Primio, a todo o Exército Brasileiro. O Ver. Artur
Zanella, como proponente da Sessão, e em nome do PFL, PMDB e PDS, analisando os
motivos da concessão do título hoje entregue, discorreu sobre a vida
profissional do Homenageado, ressaltando a importância de seu trabalho nas
Forças Armadas, como elemento de simbiose entre os civis e militares do País. A
seguir, o Sr. Presidente convidou o Ver. Artur Zanella a proceder à entrega do
Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Coronel Cláudio Netto Di Primio,
solicitando à Esposa do Homenageado que lhe fizesse a entrega do Troféu Frade
de Pedra, e concedeu a palavra a S.Sa., que agradeceu o título recebido. Após,
o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à solenidade, convidou as
autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência e, nada
mais havendo a tratar, levantou os trabalhos às vinte horas e três minutos, convidando
os Senhores Vereadores para a Sessão Solene a ser realizada a seguir. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Artur Zanella e Jorge Goularte, e
secretariados pelo Ver. Jorge Goularte, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Jorge
Goularte, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que,
após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ªSecretária.
O SR.
PRESIDENTE: Declaro abertos os trabalhos da presente Sessão Solene
destinada a conceder o título honorífico de Cidadão Emérito ao Cel. Cláudio
Netto Di Primio.
Falarão em nome da Casa os Vereadores Jorge
Goularte e Artur Zanella.
Com a palavra o Ver. Jorge Goularte, em nome do
Partido Liberal.
O SR.
JORGE GOULARTE: (Menciona os componentes da Mesa.) Senhores oficiais
generais, senhores oficiais superiores, senhores demais oficiais, militares de
todos os postos, amigos de nosso homenageado, minhas senhoras, meus senhores
para mim é uma rara oportunidade, neste final de mandato, prestar uma homenagem
a um ilustre militar, logo a mim um Vereador oriundo da caserna, que hoje
aproveita esta oportunidade para prestar uma homenagem ao seu exército, ao
nosso exército.
Esta oportunidade é extremamente grata a mim, Coronel Di Primio, que ingressei no Exército Brasileiro, notável organização formadora de homens, apenas com o segundo ano primário. E, esta homenagem que faço ao nosso Exército, muitas vezes, injustiçado, exército mais democrata do mundo, exército que dá oportunidade a todos e o exemplo está aqui.
Em que País do mundo, alguém oriundo de uma vila popular, praticamente analfabeto, chegaria a algum lugar senão fosse pela compreensão dos chefes militares, dos companheiros de quartel, dos sargentos meus colegas que muitas vezes tiravam o meu serviço para que eu pudesse fazer a minha faculdade.
Esta homenagem, Coronel Di Primio, que é prestada ao Exército através da
sua pessoa, brilhante militar, que galgou todos os postos com uma dignidade
irreparável.
Eu vejo aqui antigos comandantes meus, Major
Henrique Beckmann Filho era meu Major. Eu tenho grandes amigos que me incentivam tanto, e isso faço nesse
limiar de mandato, que não se sabe se aqui retornarei, é uma prestação de
contas que faço aos meus companheiros, aos meus superiores, ao meu Exército
Brasileiro.
E, nesta homenagem, Coronel Di Primio, que não escrevi absolutamente nada, porque só uso o coração no que estou aqui a dizer. E tenho que dizer o que estou dizendo, que apenas uma organização como esta pode dar assistência a quem não tem absolutamente nada para galgar os degraus da vida. Vejo aqui Carlos Henrique Coster Comba, que também foi meu Capitão, Cel. Chaves, que tanto me incentiva; grandes amigos e eu peço permissão ao homenageado para usar sua figura nesta homenagem que presto ao Exército Brasileiro. E esperando que haja compreensão entre pessoas de bem para analisar com tranqüilidade o bem que faz as Forças Armadas a este País, especialmente na formação do jovem humilde que, ao chegar ao Exército, chega sem absolutamente nada, e no meu caso, inclusive sem cultura. Por isto, meus colegas, presto esta homenagem a V.Exa., que me dá esta oportunidade, neste final de mandato.
Esperando ter sido neste tempo todo o
representante do meu Exército, que Sargento que sou, RI, fui à reserva quando
assumi a Câmara de Vereadores e lá se vão 14 anos, três mandatos. Por isto,
nesta tarde em que temos o mais lindo pôr-do-sol do mundo, a nós presentes esta
imagem que é para todos nós, gaúchos e porto-alegrenses, o mais belo do mundo,
nós estamos aqui para fazer uma homenagem a um militar e aproveito para fazer
uma homenagem a uma grande organização, a qual eu tanto devo.
Aos militares de todos os postos, meus colegas.
Deve de nós, Coronel, do Partido Liberal, que defende a livre iniciativa e que
visa criar condições para que as pessoas possam trabalhar em paz, sem
movimentos de massas e sem demagogia. Leve do Partido Liberal o nosso abraço e
a certeza de que aqui, se eu estiver ou mesmo se não estiver, estarei sempre à
disposição dos meus superiores, dos meus colegas, dos meus amigos, em qualquer
lugar que a vida me reservar. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Convido o Ver. Jorge
Goularte a assumir a Presidência da Casa neste momento.
(O S. Jorge Goularte assume a Presidência.)
O SR. PRESIDENTE: A seguir a palavra com o
Ver. Artur Zanella, proponente da presente Sessão, e que falará pelas Bancadas
do PFL, do PMDB e do PDS.
O SR
ARTUR ZANELLA: (Menciona os componentes da
Mesa.) Meus senhores e minhas senhoras. No início deste ano estive visitando o
18 que, quando cheguei em Porto Alegre, como eu sempre digo em busca de um
sonho, era o 18° RI. Impressionou-me aquele ambiente de trabalho,
impressionou-me aquela organização e ao final da tarde ao visitar as
dependências daquele quartel que é um modelo de esmero e de profissionalização
eu refletia porque algumas organizações transmitiam essa tranqüilidade e
deparei com algumas muralhas e um símbolo de Porto Alegre que eu conhecera
quando aqui chegara e que pertencia à 6ª Companhia de Polícia do Exército, a
PE, e que os mais antigos sabem que ficava perto do 8°, os mais jovens a Praça
Argentina, os contemporâneos a mim lembram que ali em baixo era a 8ª CR e
deparei-me, então, naquela tarde, naquela tranqüilidade com aquelas lembranças
e aqueles resquícios de uma Porto Alegre que não existe mais e que temos toda
ela em nosso coração. Aí eu soube pelo seu comandante que aquelas relíquias
haviam sido mantidas, recuperadas pelo trabalho do então comandante do 18, o
Coronel Cláudio Di Primio. Posteriormente conheci o Coronel Di Primio e também
a sua história. Para curiosidade de alguns até apontei que recebeu em 54 o
Espadim de Caxias, em 56 foi aspirante a oficial, 2° Tenente em 57, 1° Tenente
em 59, Capitão em 64, Major em 72, Coronel em 83. Não sei o que o futuro
reserva ao Coronel Di Primio. Depois descobri que talvez tivesse esses
horizontes mais largos – eu não sou versado na organização militar – mas, quem
sabe, já em seu espírito aberto de olhar para o futuro o tenha levado a ser
paraquedista. Pelo contrário, aquela visão vista de cima, talvez tivesse até
feito com que o Coronel Cláudio tivesse esse interesse da manutenção da nossa
história, nosso passado, em respeito e homenagem ao nosso futuro, ao seu
futuro. Mas não é por isso que o Coronel Di Primio hoje é homenageado. Existem
aqui dezenas de militares, com carreiras iguais a sua, existem outros militares
com carreiras tão brilhantes e não foram homenageados pela Câmara Municipal de
Porto Alegre. E é este o ponto que eu queria enfocar nesta tarde-noite de hoje.
O Coronel Di Primio, para nós representa uma simbiose entre o elemento civil e
o elemento militar. É uma simbiose entre pessoas que, para alguns, devem estar
separados, que, para nós, da Câmara Municipal de Porto Alegre, não devem estar
separados. Eu coloquei isso, que esta separação não pode ocorrer e este
Legislativo hoje apresenta a sua contribuição para que o Poder Político e o
Militar se unam cada vez mais em benefício dos mais altos interesses do País
que só sairá da crise com a união de todos os seus filhos.
É este então o motivo desta reunião na Câmara Municipal, homenagear não
um militar e sim o espírito militar que desde o Império ajuda a manter este
País.
Espero que este título que foi concedido por unanimidade dos Vereadores
da Casa apesar da heterogeneidade ideológica de sua constituição, com nove
partidos aqui representados, com os mais variados matizes ideológicos, desde a
mais extrema esquerda, sirva para solidificar uma aliança entre o Poder Civil e
Militar, a fim de que possamos atravessar com tranqüilidade a época tempestuosa
em que vivemos.
Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar em movimentos estéreis a
potencialidade de nossas forças. Este País tem que estar unido em busca de seu
futuro, deixar seu Berço Esplêndido e assumir definitivamente seu lugar de
grande potência.
Então, Coronel, esta homenagem que a Câmara Municipal de Porto Alegre
lhe faz como Cidadão Emérito, e nós temos dois Títulos nesta Casa, Cidadão de
Porto Alegre e Cidadão Emérito, e como o Coronel Di Primio já é
porto-alegrense, ele não pode ser Cidadão de Porto Alegre, porque já é, eu
quero, ao encerrar estas palavras, que V.Exa. não considere isso como uma
aposentadoria precoce, mas também não podemos desperdiçar a potencialidade das
pessoas e o que elas podem fazer pela nossa Cidade, pelo nosso Estado e pelo
nosso País. Nós queremos que isso se transforme numa Solenidade não de
despedida dos seus sonhos, por que às vezes se faz uma homenagem para que a
pessoa recolha, coíba os seus impulsos comunitários, seus impulsos
progressistas. Não é o caso.
Nós queremos que o Senhor em sua vida profissional, em sua vida
pessoal, saiba que esta Casa, por unanimidade, de seus 33 Vereadores,
conhecendo perfeitamente a quem estavam homenageando, e eu fiz questão de fazer
isso, para todas as Bancadas, assim rotuladas de esquerda, aqui desta Casa, fiz
questão de entregar o currículo do Coronel, e disse – só apresento se tiver
unanimidade dos votos, se vocês votarem contra eu não apresento este Projeto –
e todos os Partidos, Partido Comunista do Brasil, Partido Comunista Brasileiro,
por exemplo, nos disseram com toda tranqüilidade, o que nós queremos é
homenagear uma pessoa e uma instituição e esta pessoa, efetivamente, merece
esta homenagem.
É isso que nós queremos dizer nesta tarde, agradecendo a bondade e a
presença de todos os senhores. Muito obrigado.
(Não revisto pela orador.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge
Goularte): Solicito
ao Ver. Artur Zanella, autor da proposição,
que faça a entrega do título ao Cidadão Emérito, nosso Coronel Cláudio Netto Di
Primio, e peço aos presentes que, de pé, por favor, possam participar desta
homenagem.
(É feita a entrega do título.)
(O Sr. Artur Zanella assume a Presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE: Esta Casa tem um costume, o
de entregar às pessoas que nos dão a honra de sua visita, ou que recebem uma
homenagem, um troféu que é o símbolo, que nós imaginamos, dos nossos trabalhos.
Trata-se do Troféu Frade de Pedra, que traduz o apreço da população
porto-alegrense a todas as pessoas que, de alguma forma, prestam serviços à
comunidade. Historicamente, traduz a hospitalidade rio-grandense, uma vez que
representa o símbolo da fraternidade e o símbolo das boas vindas.
Eu peço à Dona Vera, esposa do homenageado, que faça a entrega ao mesmo
do Troféu Frade de Pedra.
(É feita a entrega do troféu.)
(O homenageado lê os dizeres constantes no Troféu Frade de Pedra.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o nosso
homenageado que poderá ocupar a tribuna.
O SR. CEL. CLÁUDIO NETTO DI
PRIMIO: (Menciona
os componentes da Mesa.) Senhores oficiais, subtenentes, sargentos, cabos e
soldados aqui presentes, senhores Vereadores, senhoras e senhores.
Trata-se de elevada honra para este Oficial do Exército, natural desta
cidade, Capital do Estado do Rio Grande do Sul, de tão gloriosas tradições e
onde a Força Singular Terrestre tem expressivo contingente de Organizações
Militares.
A este Exército tive a felicidade de incorporar-me com a idade de
dezesseis anos, na saudosa Escola Preparatória de Porto Alegre.
Ingressava em uma segunda família cujos
integrantes eram provenientes de todos os quadrantes do país e sem quaisquer
distinções.
A pontualidade, o rigor do cumprimento das ordens
e a busca constante da perfeição foram alguns dos ensinamentos a que se
adicionavam os princípios de fidelidade, da honra, de acendrado espírito de
corpo e de amor à Pátria.
Passam-se os anos, volvo o olhar para os lados e
diviso os mesmos companheiros, agora marchando numa cadência mais célere para
acompanhar as exigências da época, mas o passo é um só.
Coube-me o privilégio de comandar o 18° Batalhão
de Infantaria Motorizado, tradicional Unidade da Arma de Sampaio, aquartelada
no Bairro do Partenon.
O destino me reservou a sorte de contar com uma
plêiade de oficiais e graduados que em uníssono desincumbiram-se com eficiência
no cumprimento de suas missões, fruto dos pesados encargos inerentes a uma
Unidade daquele porte.
Neste contexto exalto a figura do soldado
executante, espelho da nossa sociedade.
Transcendendo os limites físicos do quartel,
procurando ganhar o espaço causado pelo tempo, buscamos o contato dos que nos
cercavam e a inspiração e a proteção espiritual dos que já partiram.
Encontramos os senhores e integrados, formamos uma forte corrente, cujos elos
foram unidos pelo ideal de servir. Assim, foi quando idealizamos e partimos
para a construção do monumento evocativo ao 7° Batalhão de Caçadores, do qual o
13 é originário. Marco que se impunha, pelo destacado papel que o batalhão da
Cidade desempenhou junto à comunidade porto-alegrense. Seus ex-integrantes, do
soldado ao general, irmanados, cerraram o contato com o 18, aplaudiram,
incentivaram e prestigiaram. Renomadas firmas de engenharia, empresários,
Prefeitura Municipal, todos e que de certa forma têm seus nomes gravados junto
ao monumento ao 7° BC, numa comunhão de esforços, contribuíram com sua parcela,
reconhecendo o real simbolismo da obra. Hoje, vejo também, com imensa emoção, a
repetição de reuniões em que nos congregávamos em eventos de cunho coletivo e
de caráter cívico, social, assistencial e desportivos contando com componentes
de diversas Unidades do nosso Exército, da nossa Força Aérea, da nossa Brigada
Militar, de variadas entidades civis e de populares.
É a força aglutinadora do nosso Exército que em
trabalho perene e cristalino adestra seus efetivos da ativa e prepara uma
reserva com o objetivo de defender a Pátria, manter a Lei e a Ordem.
Prezado Sr. Vereador Artur Zanella.
Pelo elevado significado desta integração que
estamos presenciando, cabe-nos, com justiça, evidenciar a sensibilidade de
V.Sa. como homem público em homenagear-me, o que, com a devida vênia tributo ao
Exército Brasileiro e a cada um dos que aqui se acham congregados.
Vivendo em outro meio, exercendo atividade
distinta, pude observar recentemente, em face deste evento, a correta
orientação e a liderança que V.Sa. mantém com sua equipe de trabalho, a qual
deixo o registro do meu reconhecimento.
Pelo seu descortino esperamos que o ilustre
político, juntamente com seus companheiros de trabalho de todos os Partidos,
aos quais também agradeço a aprovação da proposição, prossiga com muito êxito
nas lides voltadas para o bem de nossa sociedade e em especial de toda Porto
Alegre.
Permitam-me neste instante em parênteses de
caráter íntimo e sentimental reverenciar a memória de meu pai, Prof. Dr. Raul
Franco Di Primio, médico, cientista e humanitarista, a minha ascendência
militar nos nomes de Gen. Alípio Virgílio Di Primio, ex-Comandante do 7°
Batalhão de Caçadores, integrante da Carta Geral e um dos fundadores do Serviço
Geográfico do Exército, e do Gen. Mario da Silveira Netto, este com destacada
folha-de-serviços no País e no exterior.
Agradecer o apoio, a compreensão e o estímulo
recebidos de minha mãe, minha esposa e dos meus filhos, todos aqui presentes.
Destacar o especial significado do comparecimento
neste auditório de meus parentes, amigos, companheiros de trabalho,
ex-comandados, colegas de infância, juventude e bancos escolares, de
professores, instrutores, chefes e comandantes, aos quais devo a minha formação
e dedico esta homenagem.
Sras. e Srs. este ato está prestes a pertencer ao
passado, mas nos anais desta Egrégia Câmara de Vereadores fica registrado que
militares e civis, todos soldados, reuniram-se nesta data, recordaram obras
feitas e projetaram um futuro promissor. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Ao ensejo do encerramento
desta solenidade quero dizer que esta Casa vive hoje um de seus grandes dias,
uma Casa que tem enfrentado problemas, pela sua própria localização e que
funciona em caráter precário, para atender aos nossos visitantes, para os quais
pedimos compreensão sobre nossas dificuldades. Mas esta Casa, hoje, mesmo
envolta numa série de problemas abre suas portas para receber nossos homenageados.
O Sr. Presidente da Casa, Ver. Brochado da Rocha, teve que representar
a Mesa na inauguração que se desenrola há poucos metros daqui e cumprimenta,
por meu intermédio, a todos os presentes.
Quero agradecer a presença do nosso homenageado, bem como de todos os
senhores que aqui compareceram nesta solenidade.
Declaro encerrada a presente Sessão.
(Levanta-se a Sessão às
20h03min.)
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